
Mataram brutalmente uma menininha de cinco anos. O caso virou circo. Todos os envolvidos disputaram, avidamente, os seus 15 minutos de fama. Até a mãe da vítima fez uma escovinha básica para sair bem nas fotos ao lado de artistas da televisão.
Os suspeitos foram à TV chorar lágrimas de crocodilo. Sorrindo, o pai - formado em Direito, meu Deus! - afirmou que "nós se amamos, como qualquer família bastantes unidas"(sic).
Aparentemente, a polícia enfiou os pés pelas mãos com as suas técnicas de "primeiríssimo mundo", que nada provaram. Os advogados de defesa ou são ótimos ou patetas. Armaram tanta confusão que não permitiram a evolução normal das investigações.
A reconstituição do crime - pública, histérica, à luz do sol, com uma boneca pendurada na janela - ofendeu os corações brasileiros. Absolutamente dispensável o excesso de cenas dramáticas.
Hoje, lemos nos jornais que os prováveis assassinos - se não foram eles, foi a personagem The Flash, ninguém mais agiria tão velozmente - estão de viagem marcada para Portugal, onde curtirão o merecido ócio.
Encerrado o caso Isabela Nardoni. Não dá mais lucro, fim de papo.
Muito Quinto Mundo tudo isto. Um horror.

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